Alfabetizadores/as do TOPA fazem abertura da Sessão de Cinema
Público presente à Sessão de Cinema
Reunidos na sede da ACASE - Associação Cultural e Artística de Santiago do Iguape, alfabetizandos/as do programa e diversas pessoas da comunidade puderam assistir ao filme "Tapete Vermelho", numa sessão regada a pipoca e refrigereante.
A idéia da mostra vai além da concepção do cinema como instrumento de lazer, ao incluir o filme como instrumento pedagógico, que possibilita reflexão, análise da realidade e do cotidiano. Nas palavras de Marcia Vinhas, coordenadora da atividade pela UFRB "não apenas a sala de aula e os instrumentos tradicionais devem ser utilizados no processo de ensino-aprendizagem. Aprende-se com filme, com música, poesia, arte e com a própria realidade e experiências pessoais."
A noite teve ainda apresentação de capoeiristas do Iguape, que vai sediar campeonato regional de capoeira nos próximos meses.
O FILME
Sensível, engraçado e comovente, "Tapete Vermelho" (2006, direção de Luiz Alberto Pereira) conta a história de Quinzinho (Matheus Nachtergaele) pequeno agricultor que mora em uma roça bem distante de qualquer cidade grande. Decidido a cumprir uma promessa, ele decide levar seu filho Neco (Vinícius Miranda), de 9 anos, para assistir a um filme estrelado por Mazzaropi em uma sala de cinema. Desejando cumprir a promessa a qualquer custo, Quinzinho, sua esposa Zulmira (Gorete Milagres), Neco e o burro Policarpo viajam pelas cidades em busca de um cinema que possa exibir o filme. Mas os tempos mudaram e os cinemas desapareceram das pequenas e médias cidades, obrigando Quinzinho e sua família a caminhar à procura da cidade grande.
No caminho eles se envolvem lendas da cultura popular brasileira, com violeiros que venderam a alma ao diabo, mandingas, o Movimento dos Sem-Terra, vigaristas que lhes roubam a mula, caminhoneiros e um milagre em Aparecida. Com tudo isso, o personagem aprende a lição de que é preciso protestar e fazer valer seus direitos.
Após a sessão foi realizado debate dobre o filme com a comunidade, onde os moradores do Iguape daclararam de sua identificação com o personagem Quinzinho e a realidade em que vivem.
